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Departamento de Cartéis

Coordenação: controle dos analistas

A Escola de Lacan estabelece um modo de funcionamento que é privilegiado – o Cartel. Como incidência do desejo de Lacan que o instituiu como um ato, o Cartel traz à luz que o desejo equivale a uma produção, que a inscrição na Escola como laço social é laço de trabalho e que o resto inanalisável de cada análise pode fazer-se saber e produto. A inscrição dos cartéis que desejarem manter este trabalho na Escola deverá ser feita nesse departamento.

No atual período letivo, três cartéis estão em funcionamento na Escola:

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A linguagem no jogo do corpo e da fala

Integrantes: Bethania Mariani, Maria Claudia Gonçalves Maia e José Caminha. Mais-um: Claudia Valéria Queiroz Fonseca da Silva

Discurso, letra, escrita, língua, fala e gestos… Esse cartel se destina a estudar a questão da linguagem a partir de diversos campos, como a linguística, a literatura, a arte e sua articulação com a linguagem na teoria formulada por Lacan, a partir da clínica, nas suas relações com a fala e o corpo.

Bibliografia básica:

Seminário 18 de Lacan: “De um discurso que não fosse semblante”

Escritos, de Lacan: “Função e campo da Linguagem”.

​Encontros Quartas-feiras, semanal, às 11:00hs

Trans-Cartel

Integrantes:

Ana Gabriela Cruz Araujo dos Santos, André Cavalcante, José Caminha,

Vitor Netto. Mais-um: Isidoro Eduardo Americano do Brasil.

 

O grupo se propõe a estudar o que seria o fenômeno da Transexualidade

dialogando com algumas ideias propostas pela Psicanálise. São muitas as questões

que o tema suscita: diante da banalização das intervenções cirúrgicas e da

crescente discussão acerca das questões de gênero poderíamos falar de um

evento do corpo mutilado e não mais de um fenômeno? Qual o papel enganador

do eixo imaginário?

Dentre as questões apresentadas, enumeramos: Se a sexualidade psíquica e o sexo anatômico não guardam relação entre si, o que a Psicanálise pode nos dizer sobre a diferença sexual ou sobre o desejo de mudar de sexo, mesmo que apenas no campo imaginário?

Tratamentos hormonais e cirurgias são temas que provocam o pensamento. Colocados como uma solução para o desconforto de ter um corpo em desarmonia com a própria imagem, prometem uma solução objetificando o corpo e mantendo-o isolado da vivência subjetiva. Afastada da promessa milagrosa da ciência, gostaríamos de nos apoiar no discurso psicanalítico para pensar a passagem ao ato do transexual.

Em Lacan, ocorre a construção “A mulher não existe”, e que talvez possa ser pensada também para o transexual. O transexual não existe?

Lacan, no seminário 20, diz que o homem e a mulher não são nada mais que significantes. A partir desses significantes pensaremos significantes o significante trans, como categoria que engloba identidades de gênero como travesti, homem trans, mulher trans, não-binários, entre outras. O que esses significantes podem nos dizer sobre a forma pela qual os sujeitos emergem no simbólico?

 

Referências bibliográficas:
De Freud: "Sobre o narcisismo: uma introdução", v. XIV, p.85-122. e

"A pulsão e seus destinos", v. XIV, p.129-164.

“Três ensaios sobre a sexualidade”

De Lacan: “O eu e o outro". In: O SEMINÁRIO — Livro 1: os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1979a. Cap. IV, p.50-65.

“As psicoses”, Seminário 3.

"A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud”.

“Introdução do grande outro”. In: O SEMINÁRIO — Livro 2: o eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985. Cap.XIX,p.296-311.

“O estádio do Espelho como formador do EU” In: ESCRITOS. São Paulo, Perspectiva, 1978c.

“A significação do falo”. In: ESCRITOS. São Paulo, Perspectiva, 1978c. p.261-73.

“O sujeito e o outro (I): a alienação. In: O SEMINÁRIO” — Livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1979b. Cap.XVI,p.193-204.

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Cartel Desejo e melancolia

Integrantes: André Portugal, Alzira Ouro e Angélica Brum.

Mais-um: José Caminha.

Nós do Cartel “ Desejo e Melancolia” pretendemos estudar os

conceitos relacionados ao desejou ou à falta deste, a

melancolia freudiana, sua abordagem em Lacan além de

outros autores suplentes.

​Nossas intenções de pesquisa estão em como tudo isso se

apresenta como sintoma no indivíduo e na sua participação

na sociedade, seja na forma de um pacto social de identidade e histeria, seja como uma resposta a ideias capitalistas exteriores a ele. Entre as propostas, desvendar como o desejo participa na dissolução desta formação do inconsciente e de avaliar a melancolia também como expressão dolorosa na estrutura psicótica; a conversão do significante melancolia para o significante depressão. E, a partir daí, jogar luz sobre as relações entre o processo que transforma estados de alma em doença e o desejo de expor essa situação; reunir elementos que nos façam entender o que há por trás dessa relação do “ideal” vendido pela imagem que, ao não ser atingido, pode mergulhar o sujeito num profundo estado melancólico ou depressivo tendo como objeto a expressão melancólica como desistência ou incapacidade diante de padrões de beleza e sucesso financeiro na internet.

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Cartel Desejo & Responsabilidade: apresentação

Chegamos ao cartel, Rochelle, Alzira e Angélica, movidas pelo Desejo. E, assim, convocamos nosso mais-um, Paulo Fernando. Realizar um Desejo, admitimos de saída, demanda esforço do sujeito marcado pela falta. Alguém que se vê, ora, como árbitro no exaustivo trabalho de conciliar as forças pulsionais, ora, como artífice de soluções possíveis.

Na construção do Desejo, onde se assentaria a Reponsabilidade? A partir desse significante, compartilhamos restos de nossas análises e questões que dizem respeito à própria dimensão ética que define a experiência psicanalítica: atribuir ao sujeito a Responsabilidade pelo próprio Desejo.

Durante nossos encontros quinzenais, no ritmo de prazerosa transferência, vamos nos aproximando e nos distanciando das respostas. Cria-se um Desejo ou, simplesmente, acolhe-se uma ideia concebida? Qual a relação da Responsabilidade com o Supereu?

Mais perguntas: o que pressionaria o sujeito a não responder pelas próprias escolhas? O que, afinal, o acossa e o põe no lugar de inocente, joguete de um destino? Quais seriam os caminhos que o levam a uma posição de fraqueza face à vida, desconhecendo a origem daquilo que o oprime?

E o sujeito da psicanálise? Quando atribuímos a ele a Responsabilidade, estaríamos afirmando o estatuto ético do inconsciente? Afinal, a transferência pressupõe assumir-se como sujeito do próprio destino? Escolha e Responsabilidade implicam, portanto, na ética de não renunciar ao seu Desejo, como fez Antígona?

O Seminário, livro 7: A Ética da Psicanálise, de Jacques Lacan, traduzido por Antônio Quinet, e lançado pela Zahar em 1991, serve de ponto de partida. Daí, avançamos, recuamos, buscamos atalhos ou nos deixamos perder – e nos surpreender - pelo caminho.

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