Escola Brasileira de Psicanálise Movimento Freudiano
LINHA DO TEMPO
O Movimento Freudiano foi fundado, em 1983, como um Instituto de Investigação Psicanalítica com o propósito de formação de analistas praticantes.
Em 1989, se dá a fundação da Escola Brasileira de Psicanálise Movimento Freudiano (EBPMF). No ano de 1991, foi criado o Instituto Freud - Lacan, que passou a ser um dos veículos que propiciam a entrada na Escola Brasileira de Psicanálise Movimento Freudiano.
No Instituto Freud-Lacan, a transmissão da psicanálise está sob a marca dos significantes Freud e Lacan, ou seja, o estudo, a transferência e a clínica encontram-se alicerçadas na obra de Freud e na extensão desta por Lacan. Dizemos significantes, porque Lacan entende que o projeto psicanalítico só pode
ocupar o seu lugar na pista inicialmente deixada pela Linguística, ou melhor, para que as descobertas de Freud possam vir a tomar o estatuto de ciência, precisamos seguir este trilhamento.
Esta pista se transforma em uma grande estrada onde a confirmação da prática (efeito de transmissão e formação contínua), que se apresenta como projeto de formação do psicanalista, poderá trazer a ela, tanto em intensão como em extensão, novos aportes.
Na sua prática da psicanálise em extensão, estende os seus limites teóricos ao diálogo com outros campos do saber científico e da produção das artes, assim como oferece a experiência de sua prática a outros espaços de trabalho no âmbito das instituições sociais.
“A formação do psicanalista exige que ele saiba, no processo em que conduz seu paciente, em torno de que o Movimento gira” (Lacan, Seminário XI). Daí nos nomearmos Movimento Freudiano. E é em torno deste Movimento que gira nosso trabalho, desde que nos impusemos como proposta uma formação submetida à ideia do Campo Freudiano – aquela lançada por Lacan.
Isto quer dizer, orientada pelo desejo de formação (como a do inconsciente) ou autoformação. A formação se dá por reconhecimento dos pares, no desenvolvimento de um projeto que fale de um problema crucial da psicanálise. É preciso que o analista tenha o retorno de sua palavra por um outro analista. Daí entendermos como formação a análise em intensão que se prolonga em extensão no Movimento. É das formações do inconsciente advindas na análise que se estende a formação do psicanalista na instituição.
Esta proposta de formação, portanto, se reafirma na linha transferencial inscrita de Freud a Lacan e ao mesmo tempo se redimensiona num campo onde a singularidade de cada analista não se inscreve, jamais, dentro de um círculo fechado pela identificação associativa nem corporativo.
Aventurar-se no atravessamento de tal linha transferencial significa eleger o sujeito do inconsciente como objeto de estudo.