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Dramaturgias do impossível:
Psicanálise e Arte

Coordenação José Caminha

 

Neste trabalho de Psicanálise em extensão, busca-se um lugar de iluminação

recíproca, em que Arte e Psicanálise possibilitem espaços de criação de

conhecimento e saberes. A proposta é discutir alguns conceitos do campo

criado por Freud e delimitado por Lacan utilizando obras de arte como

instigadores da fala, tanto do lugar do artista e do leitor/espectador como também do analista pois, em última instância, aceitamos a hipótese de que a escrita da história do sujeito feita no dispositivo analítico resulta num tipo de “dramaturgia” e esta pode ser entendida como um tipo particular de narrativa, uma forma de se recompor uma história por meio de uma escolha de palavras a fim de se criar uma montagem, uma edição, um bem dizer que auxilia o sujeito a lidar com a própria angústia e o analista a pensar o seu ofício como um work-in-progress. No espaço da E.B.P. Movimento Freudiano dedicado ao diálogo entre a Psicanálise e a Arte, as reuniões são quinzenais (sempre às segundas quintas-feiras do mês, a partir das 20h) e abertas ao público. O espaço traz desde a leitura de textos e apreciação de obras até o testemunho de artistas de variadas expressões, que participam dos encontros presencialmente ou de modo virtual. A partir do mês de agosto de 2024 o texto de Freud, O chiste e suas relações com o Inconsciente (1905), apontado por Lacan como um dos escritos fundamentais para a compreensão do funcionamento do Inconsciente, tem sido um dos objetos de debate e estudo do Dramaturgias. Nesses encontros somos instigados a investigar essa escrita lacunar que se baseia tantas vezes (mas não apenas) na falha, no esquecimento e no sintoma. Se as Dramaturgias do Impossível tratam da Linguagem do Inconsciente a elaboração e o funcionamento do chiste ajudam a compreender esse non-sense presente também no sonho e na Arte.

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