Escola Brasileira de Psicanálise Movimento Freudiano
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Psicanálise e Psiquiatria
Coordenação Clarisse Rinaldi Salles de Santiago
A proposta do trabalho da tensão entre psicanálise e psiquiatria vem
de encontro a uma possível “crise” do campo psiquiátrico. O médico
tem uma formação universitária, cada vez mais voltada para um projeto
biomédico (paradigma cientificista) de medicina baseada em evidências,
e encontra na especialização em psiquiatria uma clínica que lhe exige um novo olhar, pois o modelo biomédico não responde às questões psíquicas (questões postas por um lugar que não é da evidência, mas do significante).
Conforme evidenciado por experiência em psicanálise em extensão da EBPMF, a tensão da psicanálise com a clínica psiquiátrica promove efeitos: mudança do olhar para a escuta, do lugar do paciente cujo saber sobre o sintoma passa a ser ouvido, do sintoma que assim não precisa ser somente suprimido, da construção do caso individual e não do coletivo. É ao estudo desses efeitos, e outros a serem criados, que se destina o Espaço Psicanálise/Psiquiatria.
Alguns temas em constante estudo:
- o diagnóstico psiquiátrico em tensão com a psicanálise: as classificações em psiquiatria, em constante mudança, com novos transtornos mentais que aparecem a cada 10 anos, e sua relação com a prática psicanalítica cujas bases diagnósticas estão dadas por Freud;
- como escutar o paciente como sujeito, como responsabilizá-lo pelo sintoma, apesar do uso de medicação, apesar do lugar de saber sabido do médico psiquiatra?;
- a escuta do psicótico pelo analista e pelo psiquiatra, já confrontada por Freud: a análise possível, o secretariado do psicótico, a responsabilização do sujeito psicótico que tende a ser irresponsável na clínica psiquiátrica; o fenômeno psicótico enquanto retorno do Real a ser escutado e enquanto sintoma psicótico a ser medicado;
- as especificidades da prática privada e pública, a interseção entre psicanálise, psiquiatria e saúde mental na esfera da saúde pública;
- a narrativa fenomenológica e o discurso psicanalítico como instrumentos diferentes de pesquisa e clínica.
Realizamos encontros mensais, abertos a construções de caso e teóricas, sempre na última quinta-feira do mês, às 20h, em formato remoto durante a pandemia.
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